segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Partido de extrema direita UDC vence eleições na Suíça

22/10/2007 - 05h48

Genebra, 22 out (EFE).- O partido populista UDC, do controvertido ministro da Polícia Christoph Blocher, venceu as eleições federais suíças deste domingo com 29% dos votos, a maior proporção obtida por uma legenda no país.

Segundo os resultados divulgados pelo Escritório Federal de Estatística, o UDC, que baseou sua campanha eleitoral em agitar o fantasma da insegurança e a criminalidade pela presença de estrangeiros, aumentou em 4,2 pontos sua posição de 2003, quando também foi o partido mais votado, com 26,7%, e obtém 62 das 200 cadeiras da câmara baixa.

O grande vencedor das eleições aparece muito à frente do segundo colocado, o Partido Socialista, com apenas 19,5% dos votos, 43 cadeiras, nove a menos que em 2003.

A forte ascensão do UDC começou em 1999, quando pulou de 14,9% para 22,5% dos votos.

Os dois partidos da direita clássica, o Radical e o Democrata Cristão, obtiveram, respectivamente, 15,6% e 14,9%, ambos com 31 cadeiras.

O Partido Verde, que não faz parte do Governo colegiado suíço, recebeu 9,6% dos votos, o que lhe dá 20 cadeiras.


Fonte: Folha Uol

http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2007/10/22/ult1808u103631.jhtm

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Fidelidade será estendida a senador e governador (Josias de Souza)

05/10/2007


TSE vai impor regra a todos –dos prefeitos ao presidente


Tribunal vai julgar casos de infidelidade em ‘rito sumário’


Na próxima terça-feira (9), o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) vai impor a fidelidade partidária também aos políticos eleitos para cargos majoritários (senadores, governadores, prefeitos e até presidente da República). A decisão será tomada em resposta a uma consulta protocolada no tribunal pelo deputado Nilson Mourão (PT-AC).

Mourão perguntou ao TSE se os candidatos eleitos pelo sistema majoritário também estão sujeitos à perda de mandato caso troquem de partido. Em resposta anterior, formulada pelo presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ), o tribunal já havia decidido que devem fidelidade aos partidos todos os políticos eleitos pelo sistema proporcional (deputados federais, deputados estaduais e vereadores).

Na nova consulta, a resposta deve seguir a mesma linha. O blog conversou sobre o tema com o presidente do TSE, ministro Marco Aurélio Mello. Ele disse: “O sistema eleitoral é o mesmo. Muito embora não se tenha, nos pleitos majoritários, a definição das cadeiras pelos votos dados às siglas, deve-se considerar que não há no Brasil candidaturas avulsas. A participação dos partidos é efetiva”.

O repórter perguntou ao ministro se a nova decisão teria peso de sentença ou se precisaria, a exemplo da anterior, ser referendada pelo STF. E ele: “Embora seja uma consulta, nós devemos disciplinar o processo administrativo de justificação das trocas de partido de forma abrangente, incluindo também a eleição majoritária”.

Nesta sexta-feira, Marco Aurélio designou o ministro Cezar Peluso como relator da disciplina que irá reger o julgamento dos processos de perda de mandato por infidelidade partidária. A previsão do presidente do TSE é a de que as normas estejam aprovadas até 16 de outubro.

No Congresso, partidos e políticos trabalham com a perspectiva de que os processos no TSE serão longos, podendo se arrastar por mais de um ano. Marco Aurélio diz coisa diferente: “Nós vamos trabalhar em cima dessa disciplina de modo a fazer com que o processo administrativo seja rápido. Do contrário, o mandato vai embora e aquele que abandonou indevidamente o partido acaba exercendo boa parte dele.”

Quanto tempo pode durar um julgamento do gênero? “Imaginamos, no máximo, um mês e meio. Vamos inclusive inserir na disciplina a preferência absoluta para esses casos. Vamos evitar atos que sejam protelatórios. Será um rito sumário”.

Chama-se Carlos Ayres Britto o relator da consulta que resultará num posicionamento do TSE em relação aos ocupantes de cargos majoritários. Ele atua também no STF. No julgamento em que o Supremo consagrou o princípio da fidelidade partidária para os eleitos em pleitos proporcionais, Ayres Britto posicionou-se a favor de que a regra retroagisse a fevereiro, mês em que começou a atual legislatura. Uma posição mais dura do que a adotada pela maioria dos colegas, que fixaram o dia 27 de março como data-limite para o início da vigência da novidade.

Escrito por Josias de Souza às 21h46

Fonte: Josias de Souza Folha Uol


htp://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/arch2007-09-30_2007-10-06.html#2007_10-05_21_46_29-10045644-0


Opinião do Blog do Paim:

A adoção do instituto da fidelidade partidária corresponde a um passo decisivo para que o país venha, um dia, ter partidos revestidos de uma ideologia definida, tendendo a desaparecerem as siglas de aluguel ou destinadas a assegurar horário eleitoral gratuito.

Aécio defende decisão do Supremo e elogia Dilma Rousseff

05/10/2007 - 15h21